Poesia, Por que Poesia?

Esta é uma foto de uma pessoa maravilhosa que entrou na minha vida de repende, iluminando-a e deixando-a mais bela.


Poesia, Por que Poesia" - exposição coletiva de fotografia
Galeria da Árvore - Museu Nacional da Poesia, Belo Horizonte/MG, 2010. Por Juliano Antoceveiz

Se

Ontem, tive
Hoje, por ontem
tenho?
E se...
E se...
Cala-te a me ocupar
Nos rasos segundos
Distração
E se...
E se...

ESPORROS AOS POUCOS

Se tem um problema que assombra milhares de mulheres no mundo de hoje, certamente a busca infindável pelo padrão ideal de beleza é uma delas. E essa “busca” muitas vezes, acaba se tornando oprimida. Mas cá entre nós, melhor ser oprimida do que conviver com aquele monte de celulites que nos assombra diariamente toda vez que me olho no espelho.
Foi com essa filosofia rasa que acabei entrando nesse campo de concentração, cujo principal objetivo era manter a dignidade do meu bum bum. Algo do qual, não me orgulho nem um pouco.
Há algumas semanas, uma amiga me indicou um chá chamado hibisco, (não sei como se escreve corretamente) que prometia mil e um milagres. Rodei minha querida Paranaguá desesperada à procura dessa erva milagrosa que operasse imediatamente nas minhas gordurinhas rebeldes que insistem em me perturbar. Não o encontrei, quase enlouqueci. Até briguei com o tiozinho da loja de produtos natureba, indignada por ele nem conhecer a tal erva.
Já não sabia mais o que fazer com esses meus culotes se digladiando com meu jeans. Também, quem manda beber igual a uma condenada, como se o mundo estivesse acabando? E comer aqueles boilinhos fritos com chopp??
Não desisti de encontrar um meio rápido e eficaz para acabar com esses invasores aliens em meu corpo. Me sinto como aquela garota do filme “A experiência”. Mas o pior de tudo ainda não é isso, acredita que até caldinho de “rã” eu bebi em jejum por uma semana? E ainda por cima, consegui reunir um número razoável de seguidoras na mesma situação que a minha. Credo, quanta insanidade e maluquice a minha, apesar de ter funcionando por um tempo.
Toda vez que eu como algo na surdina, me arrependo tanto, que chego até surtar algumas vezes, tenho alucinações de que a comida está me perseguindo. Que droga viver assim. Tudo culpa dessas novelas globalísticas que exibem aquelas mulheres lindas e perfeitas que nem estragam a maquiagem após um dia inteiro na praia ou um banho de piscina com seus biquínis minúsculos. Enquanto nós reles mortais, cheia de celulites e culotes, ficamos em casa nos remoendo, enquanto nossos homens ficam babando em frente à TV toda vez que elas entram em cena. Eu, quando vou a praia, na volta, pareço, aquelas figuras assustadoras dos filmes de terror japoneses, com meu cabelo embaraçado, cheia de areia e super desengonçada. Que desanimador...
Cansei dessa vida, foda-se... não vou mais chorar pelos cantos da casa me lamuriando por estar gorda e solteira. Já estava virando uma Bridget Jones da vida (ao menos ela encontrou um ricaço deus do sexo, que a ama como ela é. Esse é sonho de qualquer mulher, não pelo ricaço e sim pelo deus do sexo).
Chega!
O que as mulheres ainda não sabem, é que todos esses pressupostos são premeditados. Hoje, na sociedade que vivemos há uma imposição categórica de paradigmas no qual devemos impreterivelmente cumprir. O sistema no qual estamos inseridos nos leva a crer que somos impotentes, diante dessa enorme diversidade. Sendo assim, a mente humana fica distraída. São poucos aqueles que acordam e percebem que suas vidas são guiadas inutilmente pelo que elas absorvem dentro da TV. Todas essas atribuições de apelação ao corpo feminino são marcados por uma série de verbos imperativos que induzem as mulheres à loucura, deixando-as cegas.
- Fique linda! Entre em forma! Use os monanges da vida e tenha uma pele deliciosa!
Gente, isso não é vida. Chega de viver preocupada com quantas calorias eu posso comer hoje, ou quantas comerei amanhã. Chega de ficar depressiva por ter uns culotes e celulites a mais.
Esses dias, durante uma conversa com amigos homens, e eles me afirmaram que nenhum deles fica contando quantas celulites nós temos, (ao menos que o cara seja gay). Alguns nem sabem diferenciar celulites de estrias. Para uma pessoa ser sexy, não é necessário aquela bunda estampada na capa da play boy, pois na hora “H” não tem nenhum photoshop para nos salvar. A sedução, é como uma mágica sem receitas ou fórmulas prontas. Todas as mulheres possuem seus próprios segredos e artimanhas para deixar qualquer homem louco, basta apenas elas descobrirem para fazer disso sua mais potente arma nesse jogo.
Portanto meninas, esqueçam aquele velho mito que devemos ser “assim” só para excitar ou agradar o sexo oposto. Tratem de serem vocês mesmas, aceitando o corpo e rosto que têm. Deixem sua imaginação fluir, e não os cremes e botox da vida aplicados sob o corpo. Garanto por experiência própria que será muito mais gostoso e prazeroso para ambos os lados.
E aos rapazes, aqui fica um conselho, apreciem mais as mulheres que vocês amam, pois se vocês não o fizer, com certeza, virá outro mais esperto que você, que acabará fazendo, (pode ser até mesmo seu vizinho). Daí será tarde demais. Bye Bye!

By Bored girl

Agora consegui ouví-lo gritar...
e foi num poema
Sei das cores que alguns dias trazem
Foi esse grito que me abriu a certeza que
nenhum universo se compara a uma fração
do inexplicável que é você

Ahh! se todos se conhecessem através dos olhos de um poema
Como seria?

Há uma música que anjos sussurram aos meus ouvidos
e essa música é você
Para mim, não importa oferendas de sentimentos fantasmas compulsórios

Quero a entrega de enormes ondas do mais longínquo e profundo
Oceano a reverberar em suas zonas abissais, em seus lugares
ainda inexplorados.
E nos seus mistérios distantes...
Quero a paz da segurança de um olhar entregue ao amor.

._

Aquieta esse olhar a investir entrecoxas
soletra em uníssono um pulso
entrelábios euqidistantes
um cessar noturno

O HOMEM COM A CAMERA

CINEASTA: DZIGA VERTOV
GÊNERO: DOCUMENTAL


Kino-pravda (Cinema-verdade) foi dirigido e produzido por David Kaufman Abelevich, nascido em uma família judia de intelectuais em Białystok, na Polónia. Kaufman adotou o nome de Dziga Vertov (DZIGA - palavra ucraniana que significa roda que gira sem cessar; e VERTOV - do russo vertet que significa rodar, girar) aos 19 anos, mais ou menos por essa idade Vertov estudava música, medicina e escrevia poemas.
Após o discurso em que Lenin considera o cinema como o principal meio de divulgação da nova ordem social que se instala na União Soviética, Vertov se põe à disposição do Kino Komittet de Moscou (1918) tornando-se redator e montador do primeiro cine-jornal de atualidades do Estado Soviético, o Kinonedelia (Cinema Semana). Em 1922, junto com sua mulher Svilova e seu irmão Mijail (câmera), Vertov cria o "Conselho dos Três", se denominando kinors (composto das palavras russas kino + oko: cinema-olho). A partir daí dão início ao projeto Kino-Pravda, produzindo 23 "capítulos" desse projeto, nele descreve os consequentes da Revolução Russa.
É interessante o fato deste movimento cujo nome deriva de "documentário" estar ao lado de estilos como Hollywood, Nouvelle Vague e Neo-Realismo. O sucesso deste documentário deveu-se à forma honesta como o realizador representou o povo Russo sem recurso a efeitos especiais ou pós-produções complexas. A partir do filme criou-se o conceito de “film-truth”: tentar captar fragmentos da atualidade que quando estruturados permitissem mostrar um significado mais profundo.

Estou distante
das coisas à frente
cala-me o rubor
horas limpas para encher o dia
mas ali, agora aqui
e ali, aqui, em mim!
Atravessei esas névoa quando frio redor
separa e interrompe esse vazio de nada
como uma flor...